Olá leitores,
Hoje que compartilhar com
vocês algo bem bacana
para educação usando
tecnologia, é aplicação de um software para educação, atualmente não tenho
certeza se as escolas ainda utilizam, mas a proposta da Linguagem LOGO é muito
interessante, vou apresentá-la a vocês. Desenvolvida por
Seymour Papert, um
educador matemático, nos
anos sessenta, no MIT - Massachusetts Institute of
Technology, de Cambridge, MA, Estados Unidos, e adaptada para o português em
1982, na Unicamp, pelo Núcleo de Informática aplicada à Educação (NIED), a
linguagem logo foi utilizada para trabalhar com crianças e adolescentes.
O nome LOGO foi uma
referência a um termo grego que significa: pensamento, ciência, raciocínio,
cálculo, ou ainda, razão, linguagem, discurso, palavra. O Logo
nasceu com base
nas referências teóricas
sobre a natureza
da aprendizagem
desenvolvidas por Piaget
(reinterpretadas por Papert),
e nas teorias computacionais, principalmente a
da Inteligência Artificial,
vista como Ciência
da Cognição, que para Papert também é
uma metodologia de ensino-aprendizagem, cujo objetivo é fazer com que as
crianças pensem a respeito de si mesmas. Com o projeto " An Evaluative
Study of Modern Technology in Education" (Papert, 1976), começado em 1977
na Escola Pública de Brookline, usando Logo em um micro-computador 3500
(criado por Marvin
Minsky), aplicado em
16 alunos da
6ª série, pode-se
dizer que o Logo
começou a sair
dos laboratórios e
penetrar na escola.
Um dos elementos facilitadores para a introdução do
Logo em outros centros de pesquisa e nas escolas foi o desenvolvimento dos
micro-computadores da Texas Instrument e da Apple.
Ambiente logo de aprendizagem
Ambiente logo de aprendizagem
No começo não houve
preocupação com o papel do professor no ambiente Logo. Papert no livro Logo: Computadores e Educação,
Editora Brasiliense, 1985, traduzido da obra publicada em 1980 nos Estados
Unidos sob o título de "Mindstorms: Children, Computers and Powerful
Ideas", deixa transparecer que
"idéias poderosas" surgiriam espontaneamente da atividade do
aluno ao programar em Logo e isso aconteceria sem uma maior intervenção do
professor, cabendo-lhe apenas auxiliar os alunos no que diz respeito à sintaxe
do Logo.
Logo não é só o nome de uma
linguagem de programação, mas também de uma filosofia que lhe é subjacente. A
filosofia surgiu dos contatos de Papert com a obra de Piaget e dos estudos
sobre o problema da inteligência artificial. A visão que Papert tem do homem e
do mundo situa-se numa perspectiva interacionista, sendo o conhecimento o
produto dessa interação, que é centrada nas formas com que o mundo cultural age
e influencia o sujeito em interação com
o objeto.
Ao contrário de Piaget,
Papert enfatiza que aquilo que aprendemos e o como aprendemos depende dos
materiais culturais que encontramos
à nossa disposição.
De acordo com
sua teoria do
conhecimento e do desenvolvimento humano, o processo
educacional tem como pressuposto que a criança não aprende apenas pelo ensino
formal e deliberado, que ela é uma aprendiz inata, que mesmo antes de chegar à
escola apresenta conhecimentos adquiridos por meio de uma aprendizagem natural,
espontânea e intuitiva, que se dá através da exploração, da busca e da
investigação, a qual pode ser caracterizada como uma real auto-aprendizagem. A utilização da
linguagem LOGO, é uma inserção de uma linguagem de
programação educativa.